terça-feira, 28 de novembro de 2006

Mudanças Climáticas

O Clima pode ser definido como o conjunto de condições meteorológicas (temperatura, umidade, chuvas, pressão e ventos) que mantém características comuns em uma determinada região. Variações no clima fazem parte da dinâmica ambiental do planeta. Por exemplo, a diferença das características de uma mesma estação de um ano para outro, que pode ser mais quente ou fria, úmida ou seca, chuvosa ou não.

Também são evidências das variações do clima os fenômenos como tempestades, ciclones e secas. As mudanças climáticas são uma alteração permanente nessas características e aconteceram diversas vezes no passado, por causas naturais.

Entretanto, as atividades humanas, em especial as que utilizam combustíveis fósseis, vêm influenciando a ocorrência desse tipo de evento, por meio da alteração do equilíbrio climático do planeta. A causa central deste fenômeno é a intensificação do efeito estufa, que modifica o modo com que a energia solar interage com a atmosfera, provocando graves conseqüências.

Alguns indicadores das mudanças climáticas nos últimos 15 anos são o aquecimento global, alterações bruscas em características básicas das estações do ano em diferentes partes do planeta, como temperatura e ocorrência de chuvas, ou aumento inédito nas últimas décadas de fenômenos abruptos como vendavais, ciclones e enchentes.

Se hoje existe um consenso entre cientistas de que mudanças climáticas estão em curso e têm como origem a influência das atividades humanas no ambiente, ainda há um longo caminho a se percorrer no que diz respeito à mitigação das causas desse fenômeno e à adoção de energias alternativas para as atividades produtivas.

Os tratados internacionais abriram caminhos para lidar com esse problema, ao estabelecerem diretrizes para redução de emissões dos gases do efeito estufa (GEEs) e ferramentas de ordem prática, como os mecanismos de flexibilização do Protocolo de Kyoto.


Quando se fala em encontrar soluções para o problema das mudanças climáticas globais, deve-se ter em mente duas questões diferentes, ainda que interligadas. A primeira diz respeito a uma mudança imediata nas atividades humanas que causam emissão de gases do efeito estufa. Um conceito-chave para isso é a chamada mitigação, ou seja, iniciativas que levam a uma redução efetiva de emissões.

A outra linha de ação diz respeito às soluções necessárias para se conviver com os efeitos que as mudanças no clima começam a causar e aqueles que ainda estão por vir, provavelmente de maneira mais intensa. Nesse caso, falamos no conceito da adaptação. Ou seja, as iniciativas necessárias para que a humanidade e o meio ambiente possam se adequar às novas condições climáticas globais.

Costurando esses dois temas, existe um terceiro conceito fundamental para o entendimento e a concretização das iniciativas de mitigação e adaptação, que é a sustentabilidade. Isto é, mudar as formas de produção e interação do ser humano com o meio significa basicamente que essas atividades sejam desenvolvidos de maneira mais sustentável, reduzindo ao máximo os impactos que causam sobre o ambiente, principalmente no que diz respeito ao clima.


De maneira similar, adaptar-se aos efeitos das mudanças climáticas significa levar em consideração de modo muito mais abrangente do que é feio hoje os limites que a natureza impõe às atividades antrópicas.

O PAPUMM dá as dicas:

como você pode ajudar em casa:

- Conserte os vazamentos. Os vazamentos podem ser evidentes - como uma torneira pingando - ou escondidos - no caso de canos furados ou de vaso sanitário. Para este último, cheque o vazamento jogando cinzas no fundo da privada e observe por alguns minutos. Se houver movimentação da cinza ou se ela sumir, há vazamento.

Outra forma de detectar um vazamento é através do hidrômetro (ou relógio de água) da casa: feche todas as torneiras e desligue os aparelhos que usam água na casa (só não feche os registros na parede, que alimentam as saídas de água). Anote o número indicado no hidrômetro e confira depois de algumas horas para ver se houve alteração ou observe o círculo existente no meio do medidor (meia-lua, gravatinha, circunferência dentada) para ver se continua girando. Caso haja alteração nos números ou movimento do medidor, há vazamento. Caso seja viável, instale redutores de vazão em torneiras e chuveiro;

- quando construir ou reformar, dê preferência às caixas de descarga no lugar das válvulas; ou utilize aquelas de volume reduzido. Não deixe a descarga do banheiro disparar (no caso de acionados por válvulas);

- instale torneiras com aerador ("peneirinhas" ou "telinhas" na saída da água). Ele dá a sensação de maior vazão, mas, na verdade, faz exatamente o contrário;

- lave as louças em uma bacia com água e sabão e abra a torneira só para enxaguar; ao lavar a louça, use uma bacia ou a própria cuba da pia para deixar os pratos e talheres de molho por alguns minutos antes da lavagem, pois isto ajuda a soltar a sujeira. Depois, use água corrente somente para enxaguar;

- para lavar verduras use também uma bacia para deixá-las de molho (pode ser inclusive com algumas gotas de vinagre), passando-as depois por um pouco de água corrente para terminar de limpá-las;

- lave de uma vez toda a roupa acumulada; deixar as roupas de molho por algum tempo antes de lavar também ajuda aqui; ao esfregar a roupa com sabão use um balde com água, que pode ser a mesma do molho, e mantenha a torneira do tanque fechada. Enxagüe também utilizando o balde;
- se tiver máquina de lavar, use-a sempre com a carga máxima e tome cuidado com o excesso de sabão, para evitar um número maior de enxágües; caso opte por comprar uma lavadora, prefira as de abertura frontal que gastam menos água que as de abertura superior;

- regar jardins e plantas durante 10 minutos significa um gasto de 186 litros. Você poderia economizar 96 litros se tomasse certos cuidados: Regue o jardim durante o verão pela manhã ou à noite, o que reduz a perda por evaporação; no inverno, regue o jardim em dias alternados e prefira o período da manhã; use uma mangueira com esguicho tipo revólver;

- cultive plantas que necessitam de pouca água (bromélias, cactos, pinheiros, violetas) Não regue as plantas em excesso, e em horas quentes, com muito vento, pois muita água será evaporada ou levada antes de atingir as raízes; Molhe a base das plantas, não as folhas; Utilize cobertura morta (folhas, palha) sobre a terra de canteiros e jardins. Ela diminui a perda de água;

- aproveite sempre que possível a água de chuva. Você pode armazená-la em recipientes colocados na saída das calhas ou na beirada do telhado e depois usá-la para regar as plantas. Só não se esqueça de deixá-los tampados depois para que não se tornem focos de mosquito da dengue!- substitua a mangueira por um balde com pano para retirar a sujeira do veículo.

- evite lavar a calçada. Limpe-a com uma vassoura, ou lave-a com a água já usada na lavagem das roupas; use o resto da água com sabão para lavar o seu quintal. Depois, se quiser, jogue um pouco de água no chão, somente para "baixar a poeira". Para isto você pode usar aquela água que sobrou do tanque;

- ao ensaboar-se, feche as torneiras. Não deixe a torneira aberta enquanto ensaboa as mãos, escova os dentes ou faz a barba. Evite banhos demorados. Reduzindo 1 minuto do seu banho você pode economizar de 3 a 6 litros de água. Imagine numa cidade onde vivem aproximadamente 2 milhões de habitantes. Poderíamos ter uma economia de, no mínimo, 6 milhões de litros;

- conserte as torneiras quebradas, pois pingando ela desperdiça 46 litros de água em um dia. Com abertura de 1 mililitro, o fiozinho de água escorrendo será responsável pela perda de 2068 litros de água em 24 horas.

como você pode ajudar na rua:

- Denuncie a um órgão de defesa do consumidor os casos de conserto ou reparo na rede pública onde verificar negligência na execução por parte da firma responsável;

- ao notar água servida ou esgoto a céu aberto sendo lançado em via pública, deve-se exigir providência dos órgãos competentes;

- torne-se voluntário para falar em clubes, classes e ONGs. Discuta o assunto com editores de jornais, rádios e TVs locais. Trabalhe com grupos voluntários sem fins lucrativos já existentes, escolas e com o setor de comunicações. Se tais canais foram inadequados, colabore com terceiros para criar novos fóruns e coalizões de cidadãos;

- una a comunidade. Atividades comunitárias mobilizam, mantêm ou aumentam o interesse público. Uma boa maneira de fazer com que suas idéias sejam conhecidas dentro da comunidade é reunir as pessoas em associações públicas e promover uma feira ambiental;

- cobre de seus representantes (por meio de cartas, e-mails, telefonemas etc.) medidas que ajudem na preservação ambiental. É seu direito.

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